Enquanto algumas empresas deram seus primeiros passos no e-commerce durante a pandemia, já temos empresas se aventurando no utópico metaverso, tido como o futuro das relações humanas e da forma de se vender pela internet.

O metaverso é uma das grandes tendências de 2022, e a partir dele as marcas estão explorando novas formas de interagir com os seus consumidores, proporcionando a eles uma experiência de consumo online digna dos filmes de ficção científica.

Com tanta coisa girando em torno desse assunto, a BTA preparou um conteúdo especial que vai contar mais sobre o crescimento dos e-commerces no metaverso e por que as empresas irão apostar cada vez mais nessa nova forma de se relacionar com os consumidores. Bora lá?

MAS ANTES: O QUE É ESSE TAL DE METAVERSO?

“Metaverso” pode parecer uma palavra estranha aos ouvidos de muitos, mas se falarmos Facebook fica melhor, certo? Pois bem, Meta é o novo nome do Facebook Inc., a empresa fundada por Mark Zuckerberg e que é dona das redes sociais Facebook, Instagram, Messenger e WhatsApp.

Por sua vez, o metaverso é uma espécie de nova camada da realidade que integra o mundo real com o mundo virtual, idealizada pelo Meta. Ele é um ambiente imersivo, que foi construído por meio de tecnologias como realidade virtual, realidade aumentada e hologramas.

No metaverso, vamos interagir com as coisas a nossa volta através do nosso avatar. Imagem: reprodução.

Vale lembrar que toda essa mudança aconteceu em outubro de 2021, então o metaverso tem muito o que caminhar, e a expectativa é que a imersão se torne cada vez mais acessível e disseminada pelo mundo.

Nessa nova realidade as pessoas podem interagir entre si e com algumas empresas que já começaram a aparecer nesse espaço. Você pode se casar – sim, se casar –, estudar, trabalhar, se reunir com os amigos, brincar e fazer compras – e é aí que as marcas podem se aproveitar desse novo universo.

O NOVO E-COMMERCE NO NOVO METAVERSO

No começo de 2022, a varejista de moda sueca H&M abriu sua loja no Metaverso. E ela não é a única: Nike, Adidas e Zara já apostaram nesse conceito. A Gucci, por exemplo, vendeu uma bolsa virtual dentro da plataforma Roblox — mais um mundo de simulação que possui mais de 700 milhões de usuários mensais — por apenas 5,50 dólares. Porém, logo em seguida a mesma bolsa chegou a ser revendida por mais de 4 mil dólares. Incrível, não é?

Loja da sueca H&M no metaverso. Imagem: divulgação.

No metaverso também é possível comprar terrenos virtuais e comercializá-los. Pensando nisso, alguns proprietários já começaram a construir outdoors e vender esses espaços publicitários para jogadores que desejam anunciar algo. Seria esse o novo futuro da propaganda out of home?

Alguns artistas também comercializam seu trabalho nessa realidade. Obras de arte são registradas em NFTs (tokens não fungíveis), ou seja, itens colecionáveis de caráter único, que não podem ser reproduzidos, apenas transferidos.

Voltando ao exemplo da Nike: recentemente ela adquiriu a RTFKT, uma empresa que cria produtos digitais que são usados por personagens e avatares em plataformas como Roblox e GTA. Esqueça as roupas reais que podemos tocar. No futuro, a nova moda será vestir seu avatar com a skin do momento.

LOJAS 3D: O PRIMEIRO PASSO PARA O METAVERSO

O e-commerce já ocupa o dia a dia dos brasileiros, e isso se comprova com alguns dados da Ebit | Nielsen: no Brasil existem 80 milhões de consumidores online, que movimentam cerca de R$ 90 bilhões por ano.

Atualmente, 6% dos internautas brasileiros acessam ambientes virtualizados, de acordo com uma pesquisa da Kantar IBOPE Media. O relatório também identificou que os usuários de protótipos de metaverso acessam mais as redes sociais diariamente (86%), em comparação com a sociedade em geral (74%).

Esses dados nos mostram que as empresas podem pensar em novas formas de imersão em seus e-commerces. Um bom exemplo disso é a loja interativa da Lacta, lançada no começo de 2021 para a campanha de Natal da marca de chocolates.

Desenvolvida pela Mondelez International, dona da marca de chocolates, em parceria com a startup israelense ByondXR, a nova loja virtual 360º possuía 79 produtos à venda, e as compras feitas nesse ambiente eram enviadas por todo o Brasil. A imersão ainda trazia um toque de gamificação, para tornar a experiência do visitante mais divertida.

De acordo com o CEO da ByondXR, Noam Levavi, os consumidores passam 250% mais tempo em lojas virtuais desse tipo.

No entanto, as lojas virtuais não são os únicos recursos que as marcas podem recorrer para oferecer essa mescla do real com o virtual. Outros recursos já estão presentes no nosso dia a dia e nos auxiliam quando estamos em dúvida sobre levar ou não algum produto.

RECURSOS VIRTUAIS PARA E-COMMERCE

As marcas do varejo da moda utilizam o recurso do provador virtual para oferecer ao consumidor uma ideia de como determinada peça ficaria nele. As principais vantagens desse recurso são:

• Aumenta a taxa de conversão
• Aumenta o ticket médio
• Diminui as trocas e devoluções
• Oferece uma jornada de compra mais personalizada

As empresas do ramo da maquiagem também se apoiam muito nessa ferramenta, como a Lâncome, que permite testar maquiagens usando a câmera do celular ou uma foto da pessoa.

A convergência entre as lojas reais e as virtuais é uma realidade cada mais próxima de nós. E enquanto nem todo mundo consegue anunciar no metaverso, é super válido pensar em como a sua empresa pode explorar essas novas ferramentas que ajudem a personalizar e aprimorar a jornada de compra do seu consumidor no meio digital.